Abertura da temporada 2020

O grupo de estudos “Planejando com cinema” está de volta para mais uma temporada de discussões em torno da relação entre História, cinema e Ensino de História. Nesse sentido, procurando levar em conta as representações do tempo nos filmes, e como usá-los para construir uma compreensão das temporalidades históricas, nosso objetivo é aprofundar elementos que já estiveram presentes nos debates do ano passado e buscar novas formas de refletir sobre ações em sala de aula, permitindo aos alunos a apropriação das categorias temporais.

Entre os pontos a serem aprofundados em 2020, está uma maior aproximação com a Geografia, a partir da temática ambiental. Sendo assim, o primeiro eixo de discussões terá como suporte uma série de filmes que abordam os impactos do processo de urbanização, a lógica do capitalismo industrial e a dinâmica da sociedade do consumo ao longo da história. Para isso, utilizaremos documentários e filmes de ficção distópica produzidos na década de 1970. Começaremos as discussões a partir do filme “Seremos história?”, e prosseguiremos com “No mundo de 2020”, lançado nos cinemas em 1973.

Tudo isso foi decidido em nossa primeira reunião da nova temporada, em 23 de janeiro. Aproveitamos o momento para fazermos uma reflexão sobre nossas ações em 2019, destacando os textos que debatemos, os filmes que vimos, e, principalmente, o que poderíamos melhorar para os próximos anos. Sendo assim, fizemos uma breve recapitulação de cada uma das reuniões:

Após essa revisão, e com base naquilo que concluímos a partir dela, ficou decidido também que vamos procurar fazer um uso mais efetivo de plataformas digitais de comunicação e compartilhamento de material. Sendo assim, algumas discussões poderão ser feitas a partir delas. Nesse caso, vamos utilizar o grupo do Planejando com cinema no WhatsApp para introduzir as discussões, e ir pontuando nossa opinião sobre os textos lidos antes de nos reunirmos, como um pontapé inicial para o debate. A ideia é que possamos estudar alguns textos usando inteiramente esse tipo de mediação.

Para fechar o debate, reafirmamos a nossa convicção: o que queremos com o grupo de estudos é pensar estratégias para o uso significativo de filmes em sala de aula, abordando-os como meios para que o aluno desenvolva competências que o ajudem a operar a aprendizagem dos conteúdos, assim como educar o seu olhar pelo letramento imagético. Para isso, vamos levar em conta as várias formas de utilizar o filme em sala de aula, com base nas palavras de Cristiane Nova, em seu texto A “história” diante dos desafios imagéticos, ou seja “A história da imagem; a imagem como agente da história; a imagem como testemunho do presente; a imagem como modalidade de discurso sobre o passado e a produção de discursos audiovisuais como meios de expressão do historiador.”

Ao final da reunião, fiz a apresentação do site “O tempo no cinema” para os meus colegas de grupo, e mostrei como as nossas discussões serão nele expostas, assim como a articulação que procurarei fazer entre os debates no grupo e a aplicação dessas conversas na produção dos textos das resenhas (aba filmes), bem como na execução dessas atividades na sala de aula, que serão reportadas aqui, a posteriori, na aba CineHistória.

Até a próxima!

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