Muitos desses 147 alunos interagiram comigo ao longo da semana que foi de 04 a 11 de agosto, através do Whatsapp, para conversarmos sobre suas impressões gerais geradas pelo filme. Nesse caso, foi permitido a mim perceber como esse recurso se mostrou um instrumento eficaz no sentido de provocar reflexões. Enfim, de posse dos formulários, procedi a leitura atenta de todos eles. Separei por blocos de perguntas e respostas e isolei as que possuíam características comuns. Meu intuito foi preparar um feedback para os alunos, não corrigindo, mas fazendo comentários, pontuando alguns aspectos das colocações deles, tentando aprofundar as discussões a partir das ideias e pontos de vista que foram lançados.
Embora admita que nessa primeira experiência, eu gostaria de ter tido mais tempo, e até mesmo realizado um momento de interação online, o que pretendo fazer em outra oportunidade, considero um passo efetivo no sentido de introduzir questões em torno da natureza do conhecimento histórico com os alunos. A modalidade de educação à distância, cada vez mais significativa no Brasil por vários motivos, entre eles o avanço dos ambientes digitais de aprendizagem, ainda é predominante entre o público adulto. Acredito que a pandemia de 2020 provocará uma importante mudança nesse sentido. Herdaremos uma visão mais integradora no sentido do uso de novas tecnologias na Educação Básica para um público mais jovem. E essa experiência me instigou a prosseguir o trabalho.
De um ponto de vista mais didático-pedagógico, ressalto uma maior amplitude de participação dos alunos. Pois, em salas de aula presenciais, embora não neguemos a importância da interatividade, do contato presencial para a formação social do ser humano; por timidez ou por qualquer outra limitação, muitos acabam não opinando nas discussões. Vários deles têm mais facilidade para escrever, e acabam por utilizar essas plataformas para se expressar. E não esqueçamos, embora realmente não queira discutir essa questão aqui, nesse mundo de redes sociais e um sem número de ambientes “virtuais” de comunicação, a própria noção de presencialidade e virtualidade tende a ser revista.
A seguir , trago uma pequena amostragem das respostas dos alunos, guardando, é claro, o sigilo dos autores. A primeira pergunta era “Em que sentido poderíamos considerar a história uma máquina do tempo?” Vejamos algumas das respostas: